Alunos do 9ºI

Alunos do 9ºI
Setembro de 2008

Ano de 2008-2009

Bem-vindo ao blog do 8ºI, nós fizemos este blog no ano passado quando éramos o 7ºJ.
É verdade, a nossa turma ficou um pouco diferente, com a saída dos nossos amigos Aníbal, Abílio, Rafael e Ricardo. Mas, para compensar entraram mais três: o Vítor, a Sara e a Joana Rafaela.
Sim, também é verdade que o nosso blog está muito “pobrezinho”…mas nós vamos fazer um esforço para o melhorar, este ano!
Este ano é preciso mais esforço do que nos anos anteriores e esperamos que a turma esteja ao melhor nível. É como nós dizemos “falar menos e ouvir mais dá sempre bons finais”.

Carta para o Rafael

Sexta-feira, 24 de Outubro de 2008
Olá Rafael!
Como estão a correr as coisas aí na Alemanha?
Gostavamos de escrever uma frase em Alemão, para sabermos se já percebes alguma coisa em Alemão ,mas nenhum de nós sabe falar essa língua.
Tens aguentado o frio?Aqui também tem estado fresquinho.
Agora falemos das aulas: a D.T continua com os seus «ralhetes» por não estudarmos como ela quer!!!
Apesar de alguns de nós tirarmos boas notas.
Temos colegas novos na turma : a Joana Rafaela,a Sara,e o Vitor que vieram do 7ºI.A turma ficou contente com a chegada deles,para compensar a tristeza da tua partida!!
Esperemos que continues a visitar o nosso blog, para saberes novidades da nossa turma e da nossa escola.
Fica bem!!!
Kusses (traduzindo: beijos)
8ºI

24 de maio de 2008

Excerto do livro « O Cavaleiro da Dinamarca » de Sophia de Mello Breyner Andresen que inspirou a criação deste blog.

«Mas o entendimento entre ambas as partes, muita vez, pouco mais avançava, pois uns e outros não entendiam as respectivas linguagens, e mesmo os intérpretes berberes não conheciam a fala usada em tão longínquas paragens.Este desentendimento das línguas foi a causa de muitas mortes e combates.Assim um dia a caravela ancorou em frente duma larga e bela baía rodeada de maravilhosos arvoredos.Na longa praia de areia branca e fina, um pequeno grupo de negros espreitava o navio.Então o capitão resolveu mandar dois batéis com homens ...
...O português mal ficou sozinho caminhou até meio da praia e ali colocou panos coloridos que tinham trazido como presente.Depois recuou até à orla do mar, encostou-se ao batel,que ficara e esperou.Ao cabo de algum tempo saiu da floresta um homem que trazia na mão uma lança longa e fina e avançava negro e nu na claridade da praia.
...Quando chegou perto dos panos parou e examinou com alvoroço a oferta. Depois ergueu a cabeça, encarou o português e sorriu.Depois,num acordo mútuo,os dois homens, sorrindo, caminharam ao encontro um do outro. Quando entre eles ficaram só seis passos de distância, pararam.
- Quero paz contigo- disse o branco na sua língua-. O negro sorriu e respondeu três palavras desconhecidas.
... O negro viu-os aproximarem-se, julgou-se cercado e perdido e apontou a sua lança. Pêro Dias com a espada tentou aparar o golpe mas ambos caíram trespassados.
...Os dois corpos foram sepultados ali mesmo,na praia. E com a lança do gentio e a espada do cristão, os marinheiros fizeram uma cruz, que espetaram na areia entre os túmulos dos dois homens mortos por não poderem dialogar.»

Visita à Biblioteca Lúcio Craveiro

Esta visita aconteceu no dia 23 de Abril com a turma 7ºJ.Destinava-se a conhecer a jovem escritora Júlia Durand, acabando por se tornar numa visita guiada à biblioteca Lúcio Craveiro.
Conhecemos Júlia Durand e, de seguida ela apresentou o seu livro com muito gosto e nós colocamos-lhe algumas questões sobre o seu livro e como o criou.Logo a seguir, fomos conhecer as instalações da biblioteca, começando pelos espaços de leitura para jovens e adultos e fomos também à sala da música e do cinema.Por fim, estivemos a observar algumas pinturas e a conhecer ainda melhor Júlia Durand que nos acompanhou nesta visita à Biblioteca Lúcio Craveiro!

24 de abril de 2008



Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu na cidade do Porto, em 1919, viveu em Lisboa, onde estudou e tirou o curso de Filologia Clássica e faleceu no dia 2 de Julho de 2004.
Sophia de Mello Breyner Andresen é considerada uma das poetisas e escritoras de livros para crianças mais importantes da Literatura Portuguesa.
Possui uma obra vastíssima, que inclui, contos e obras poéticas. Os seus livros relatam as vivências da autora durante a infância. Por exemplo, para escrever A Floresta a autora inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias enquanto criança.
Em 1999 Sophia de Mello Breyner Andresen recebeu o Prémio Camões, sobre o qual muito se falou e escreveu na altura.

9 de abril de 2008

O Conceito

Este blog foi uma ideia tirada das aulas de Oficina de Língua Portuguesa, onde lemos uma das histórias existentes no livro «O Cavaleiro da Dinamarca» de Sophia de Mello Breyner Andresen. A história contada ao Cavaleiro pelo Navegador Português, fala de dois homens que se matam por não conseguirem comunicar. Pois bem, a ideia do nosso blog(do 7ºJ)é falar com turmas da Guiné Bissau e de outros países africanos de língua portuguesa, para fazermos debates sobre variados assuntos de Língua Portuguesa.Espero que gostem....

A comunicação

A comunicação ocorre em vários lugares e situações diferentes, mostrando que não poderia existir comunicação sem sociedade e nem sociedade sem comunicação. Os meios impressos e eletrónicos exercem influências sobre a vida das pessoas, é um erro porém, considerar os meios de comunicação social como representando o maior vulto da comunicação global da sociedade.
Mas para que haja comunicação é necessário compreender que esta não inclui apenas as mensagens que as pessoas trocam deliberadamente entre si: o tom das palavras faladas, os movimentos do corpo, e etc. Às vezes até mesmo o silêncio comunica, o que as palavras não comunicam às vezes é transmitida pelos olhos ou pelas mãos. Então a própria cultura de uma sociedade pode ser considerada como um vasto sistema de código de comunicação. É próprio da comunicação contribuir para a modificação dos significados que as pessoas atribuem as coisas. E através da modificação dos significados a comunicação colabora na transformação das crenças, dos valores, e dos comportamentos. Daí o grande poder da comunicação.
Se a comunicação pode definir-se como “a interação social através de mensagens”, porque não aprender a formular e trocar mensagens que elevem a qualidade da interação social? O extraordinário poder da comunicação, para o desenvolvimento da criatividade na auto-expressão, da fraternidade na convivência e da força política está ainda esperando ou uma teoria social que a valorize ou um método que a concretize.
Deseja-se colocar o poder da comunicação a serviço da construção de uma sociedade onde a participação do diálogo transformante seja possível. Diante do exposto, chega-se à conclusão de que é impossível não se comunicar, visto que, a comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social.
E sendo a comunicação instrumento modificador de uma sociedade, deve o povo ter mais acesso no usufruto desses meios para que possam dizer sua palavra e pronunciar o mundo.